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2012 - Livro Vermelho 2013

Passiflora malacophylla Mast. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 21-08-2012

Criterio:

Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Passiflora malacophylla caracteriza-sepor lianas, perenes, hermafroditas. Endêmica do Brasil. Ocorre nos biomasCaatinga e Mata Atlântica, distribuindo-se do sul do estado da Bahia até SãoPaulo. Apresenta EOO de 94.043,001km². Apesarda região onde ocorre estar bastante fragmentada, encontra-se protegida porUnidades de Conservação, além de ser uma espécie característica de florestasperturbadas e matas secundárias. Não ameaçada no âmbito nacional.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Passiflora malacophylla Mast.;

Família: Passifloraceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

Ocorre em Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina (Bernacci et al., 2003).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O Estado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlântica no Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área do Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreas protegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas (favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária, mineração, extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição da água, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes à conservação dos remanescentes da Mata Atlântica no estado de São Paulo (Costa, 1997).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Grande parte das florestas úmidas do sul da Bahia estão fragmentadas como resultado da atividade humana realizadas no passado, tais como o corte madeireiro e implementação da agricultura (Paciencia; Prado, 2005). Estima-se que a região tenha 30.000ha de cobertura florestal (Paciência; Prado, 2005), 40.000ha em estágio inicial de regeneração e 200.000ha em área de pasto e outras culturas, especialmente cacau (Theobroma cacao L.), seringa (Hevea brasiliensis Muell. Arg.), piaçava (Attalea funifera Mart.) e dendê (Elaeis guianeensis Jacq.) (Alger; Caldas, 1996). Especificamente em Una, 27% da cobertura florestal é ocupada por pasto, 15% de floresta em estágio inicial de regeneração, 6% de plantação de cacau e 2 de plantação de seringa (Pardini, 2004). A maioria das propriedades particulares são fazendas de cacau, o principal produto da agricultura (Paciência; Prado, 2005).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A espécie é sensível a perturbações ambientais, além de possuir distribuição restrita em área perturbada (Biodiversitas, 2005). A cobertura vegetal do estado do Espirito Santo, antes praticamente toda recoberta pela Mata Atlântica, tem uma história de devastação cujos registros remontam aos do início de sua colonização. A destruição e degradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidade no estado. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração da madeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinus e Eucaliptus), a incidência de espécies exóticas invasoras e sobre-exploração de plantas ornamentais são algumas principais ameaças incidentes sobre a flora do estado (Simonelli ; Fraga, 2007).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Citada como VU na Lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção de São Paulo (SMA-SP, 2004).

5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: A espécie é cultivada no Instituto Plantarum, Nova Odessa - SP (CNCFlora, 2011).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre no Parque Municipal Sombra da Tarde, Barra de São Francisco - ES (CNCFlora, 2011).

Referências

- BERNACCI, L.C.; VITTA, F.A.; BAKKER, Y.V.RIMA - FAPESP. Passifloraceae. 2003. 247-274 p.

- COSTA, J. D. B. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no estado de São Paulo. M. Atlântica. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no estado de São Paulo., São Paulo, 1997.

- ALGER, K.; CALDAS, M. Cacau na Bahia: Decadência e Ameaça a Mata Atlântica. Ciência Hoje, v. 20, n. 117, p. 28-35, 1996.

- PARDINI, R. Effects of forest fragmentation on small mammals in an Atlantic Forest landscape, Biodiversity and Conservation, v.13, p.2567-2586, 2004.

- PACIÊNCIA, M. L. B.; PRADO, J. Effects of forest fragmentation on pteridophyte diversity in a tropical rain forest in Brazil. Plant Ecology, v. 180, p. 87-104, 2005.

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

Como citar

CNCFlora. Passiflora malacophylla in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Passiflora malacophylla>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 21/08/2012 - 20:07:10